Sunday, February 21, 2010

The Awakening (Kate Chopin)

Pensei já ter comentado sobre The Awakening antes, nem acreditei quando não encontrei na minha lista de posts - um livro de tamanha importância não poderia faltar por aqui!

Quando o livro foi lançado no sec. XIX, Kate Chopin foi criticada e odiada devido suas ideias liberais e avançadas demais para a tradicionalista e machista sociedade da época.

The awakening reflete os profundos pensamentos de Chopin através Edna Pontellier, esposa e mãe que durante o verão na casa de praia da familia Lebrun se apaixona por Robert Lebrun.

O sentimento despertado pelo jovem Robert, muda a maneira de pensar de Edna (que já tinha certa independência intelectual se comparado com as demais personagens femininas da história), o turbilhão de sentimentos e questionamentos faz com que abra seu olhos para um mundo de possibilidades - uma vida sem o marido, uma vida além daquele pequeno círculo social que vivia, uma vida em que a própria Edna tomaria as rédeas de seus passos.


"Edna Pontellier não poderia dizer o porquê desejava ir à praia com Robert, primeiro que ela deveria ter negado o pedido desde o início; e segundo, ter seguido em obediência a um dos dois impulsos contraditórios que a impelia"(pag. 16)

The awakening - O despertar, em português - significa exatamente o despertar de Edna para a vida, para os seus desejos, interesses, vontades e direito de controlar seus próprios passos. O livro me lembra Anna Karenina em muitos pontos, inclusive no desfecho da história. Através de Edna, Chopin tenta quebrar barreiras, abrir espaço para as mulheres na sociedade - que até então tinham apenas os papéis de mãe e esposa, não é a toa que Kate Chopin foi tão aclamada pelo movimento feminista.

Eu fiquei um pouco surpresa com o final, não esperava mesmo, e confesso que me desapontei um pouco porque, pelo menos para mim, deixou sem propósito os ideais que a personagem de Edna tentou conquistar durante a história, mas não posso desconsiderar que gosto do modo que ela escreve e das descrições que ela faz (similar ao Tolstoy) fazendo o leitor imaginar o cenário, tempo e movimentos dos personagens.


"Pensa nas crianças, Edna. Ah pensa nas crianças! Lembra delas!" (pag. 127)
* Livro da Lista Rory Gilmore.

2 comments:

Juliana said...

Adorei o Cheetos ao lado do livro!

bjs..

Anonymous said...

O livro parece ser muito interessante. Excelente resenha
:*