Monday, June 17, 2013

Catching Fire (Suzanne Collins)





''Não apenas nós, os distritos, somos obrigados a lembrar a mão de ferro de poder da Capital todo ano, como somos também forçados a celebrar. Terei que viajar de distrito a distrito, e me apresentar perante a multidão que aplaude mas me odeia secretamente, olhar no rosto das famílias das crianças que matei...'' (pag. 4)

Ao vencer The Hunger Games - Jogos Vorazes, Katniss pensava que seu papel naquela história acabaria ali. Que voltaria para a casa e tentaria esquecer o terror da arena. O que não imaginava é que após os jogos ela não exercia mais nenhum controle sobre sua vida. Ela agora compreende o comportamento de Haymitch. Capitol controla a vida, os passos e os pensamentos dos tributos vitoriosos.

Gale - apresentado ao país como primo de Katniss - começa a trabalhar nas minas de carvão. A família de Katniss não precisa mais da caça que os dois faziam na floresta, uma vez que Capitol provem moradia e alimentação, mas a família de Gale ainda precisa e com ele agora nas minas, Katniss decide substituí-lo nessa tarefa. Porém Katniss não é mais a mesma, os jogos a mudaram de tal modo que até o relacionamento com sua família foi alterado, e ela não se surpreende ao notar quão distante Gale se mantém.

Outro ponto que atormenta Katniss é o relacionamento com Peeta, que diferente dela, não percebeu que o romance era estratégia do jogo, e quando percebe também se distancia, os dois se tratam meio que com indiferença, meio que se esquivando da situação que é inevitável. Katniss, apesar de confusa, sabe que não tem os mesmos sentimentos de Peeta. Todavia, eles ainda são vistos como o casalzinho apaixonado do distrito 12, foi esse fato que os fez vencer o jogo, e é isso que a multidão dos distritos quer ver durante a Tour da Vitória.

''Seu estilista acabou sendo profético quando escolheu sua vestimenta. Katniss Everdeen, a garota em chamas, você começou uma faísca que, se não for isolada, pode crescer em um inferno que destrói Panem', disse ele. (pag. 23)

Presidente Snow pessoalmente visita Katniss e deixa claro sua posição e as consequências caso ela não obedeça suas recomedações. Ameaça sua família, Gale, e deixa claro que tem total conhecimento dos passos da moça e do joguinho com Peeta.

Para a surpresa de Katniss, suas atitudes deram início a uma rebelião interna em alguns distritos. Notícia que não é divulgada na mídia, controlada pela Capitol, por razões óbvias mas que Presidente Snow a deixa saber. Quando o Tour da Vitória começa, Katniss e Peeta testemunham manifestações e a violência usada pelos Soldados de Paz para assustar os rebeldes e encobrir os fatos.

No Distrito 12 também as coisas começam a mudar. O tal Romulus Thread é o novo chefe dos Soldados de Paz, que até então faziam vista grossa para o mercado negro onde bebida, caça e pesca eram trocados e vendidos por baixo dos panos. As cercas elétricas ao redor do distrito são consertadas e ligadas, Katniss percebe o círculo fechar, as leis serem cumpridas à risca, começando com a pena dada a Gale, pego em flagrante por Romulus tentando vender um peru - considerado crime grave punido com chicotadas ou até morte.

A influência de Katniss sobre os outros distritos é notória, e Presidente Snow tem ciência que suas ações também influeciam outros tributos vitoriosos. Por isso ele decide comemorar o 75° Hunger Games com participantes formados pelos vencedores mais recentes de cada distrito. Dessa forma ele elimina Katniss e os outros influenciados por ela. Não se pode negar a astúcia desse presidente, e o terror de Katniss por ter que voltar àquela arena responsável pelos seus mais temíveis pesadelos. Em contrapartida há a suspeita de que Distrito 13 (que havia sido bombardeado e exterminado durante a primeira rebelião dos distritos explicado no primeiro livro) tenha sobrevivido aos bombardeios, e a comunidade formada por sobreviventes (e provavelmente fugitivos de outros distritos) busca lutar contra Capitol e tomar o poder. Um grito por revolução.

Catching Fire (Em Chamas) não deixa a desejar ao continuar a saga de Katniss Everdeen. Suzanne Collins mantém a narrativa cheia de surpresas, emoção e comoção. Katniss compartilha com o leitor suas fraquezas, a angústia do peso que ela carrega - por horas ela até me parece suscetível demais, mas daí eu me dou conta que ela só tem 16 anos, é apenas uma menina cheia de devaneios, forçada a crescer em meio a toda aquela confusão interna e externa. Todavia, ela continua determinada, querendo ou não, sabendo ou não, ela se agarra ao destino que lhe espera e ao papel que lhe foi dado.

E se preparem porque o final tem um super gancho fisgando para o próximo, e último, livro...

O filme será lançado em Novembro de 2013, e a julgar pelo teaser trailer podemos esperar que promete! Não vejo a hora de assistir, o que provavelmente só acontecerá quando chegar em DVD no Netflix já que minha Valentina não nos permite mais ir ao cinema com frequência. Ou melhor, não nos permite period. (rs)

Saturday, June 15, 2013

Poema de Sábado

Acredito que estava da 6ª série quando declamei esse poema numa peça da escola na semana do Meio Ambiente. Lembro que competi com um garoto pelo papel e ganhei porque consegui encenar e entonar melhor as frases do poema de Bandeira - vocês não tem noção da menina tímida que era! Memorizei cada linhazinha por mais de um mês e ensaiamos semanas e semanas para essa apresentação. Enquanto eu declamava Bandeira, meus colegas de classe se movimentavam pelo palco encenando, como se minhas palavras estivessem tomando forma bem ali, diante de mim e dos espectadores. Minha mão suada, minhas pernas tremendo, olhava para minha professora esperando o ok para começar. Comecei. Lembro vagamente de ver alguém sinalizando para eu levantar o microfone mais perto da boca. Recitei essas linhas tão intensamente, veio tão de dentro de mim que no final ajoelhei no chão ao dizer as últimas palavras... ''era um homem''. Esse poema vive comigo até hoje, tantas vezes durante esses mais de dez anos me peguei recitando essas linhas na minha mente e lembrando de alguém fazendo o gesto para levantar o microfone... e eu nervosa mas bravamente declamando Manuel Bandeira.

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.


Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.


O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.


O bicho, meu Deus, era um homem.

Friday, June 14, 2013

Paris em Julho 2013

Os blogs BookBath e Thyme for Tea há quatro anos realizam esse evento para blogs chamado Paris in July, onde durante o mês de julho (de 1° a 31) os blogs participantes criam posts fazendo referência a França. Não há regras ou alvos a alcançar em termos de quantidade ou conteúdo específico para participar - é necessário apenas bloggar sobre tudo o que der na telha contanto que tenha uma ligação com algo francês ou sobre a França. Algumas idéias para esse mês podem incluir por exemplo:
- Ler um livro francês - ficção ou não-ficção
- Assistir um filme francês
- Ouvir música francesa
- Cozinhar uma comida francesa
- Experimentar a arte francesa, arquitetura ou viagem (relembrar uma viagem)
- Ou qualquer outra inspiração de cunho francês que se possa pensar...

Se quiser participar, passa no blog BookBath para informa-las, escolhe seu meme, coloca no seu blog o link delas e voilà! Não vejo a hora de compartilhar minha paixão pela França com vocês, afinal Paris é minha cidade favorita e uma grande amiga minha é francesa, minha amada Laure.



Thursday, June 13, 2013

The Hunger Games (Suzanne Collins)


Assim como muitos, eu fui fisgada por essa trilogia da Suzanne Collins. Não tinha a menor idéia do enredo da história até me ver sentada na sala do cinema para assistir esse filme cujo título me chamou tanta atenção - The Hunger Games (Jogos da Fome, ou, na versão brasileira: Jogos Vorazes).

O filme é excitante e causa muita tensão, na minha opinião os personagens foram bem escolhidos, só gostaria que o Josh Hutcherson fosse um pouco mais alto porque ele fica tão desproporcional a  Jennifer Lawrence, mas talvez tenha sido essa a intenção para mostrar a fragilidade de Peeta em comparação a Katniss! (rs).

No entanto, achei que alguma coisa faltava naquela história, sentia que precisava entender melhor... e por isso comecei a ler os livros que estavam vendendo como água!
Gente, o filme nem se compara ao livro, tem tanto da história que foi deixado de lado - aquela velha história de não caber tudo em algumas horas de filme - e olha que o filme até que é longo! A realidade é que é um desperdício não ler os livros e apenas ver os filmes. Suzanne Collins é uma escritora talentosíssima, de uma imaginação incrível. A narrativa é bem escrita e engajadora, cheia de adrenalina, você não consegue parar de ler.

''Quando eu era mais nova, quase matei minha mãe de susto com as coisas que deixava escapar sobre o Distrito 12, sobre as pessoas que governavam nosso país, Panem, daquela cidade longínqua chamada Capitol. Eventualmente entendi que isso só nos traria mais problemas. Então aprendi a segurar minha língua e mudar minhas feições para uma máscara indiferente para que ninguém conseguisse ler meus pensamentos.'' (pag. 6)

Como punição pela rebelião dos distritos num determinado momento histórico, o governo de Panem decide criar os jogos da fome, onde cada um dos 12 distritos enviam um menino e uma menina - chamados de tributos - para uma arena na Capitol na qual lutarão pode várias semanas até que reste apenas um sobrevivente. Os jogos acontecem todo ano e são transmitidos ao vivo pela televisão para todos os distritos. Os nomes dos participantes são sorteados - usando as regras do sistema chamado de colheita - e aclamados pela colorida Effie Trinket. Os 'sortudos' são levados para Capitol e recebem um breve treinamento e instruções de seu tutor (o último, ou único, vencedor de seu distrito) de como sobreviver na arena, ou como conseguir patrocinadores.

''O sistema de colheita é injusto, com os pobres ficando com a pior parte. Você se torna elegível ao completar doze anos. Naquele ano, seu nome é colocado uma vez. Aos treze, duas. E assim vai até você atingir os dezoito anos, o ano final da elegibilidade, quando seu nome é colocado sete vezes. Essa é a realidade para cada cidadão de cada um dos doze distritos do país de Panem.
Mas aqui está o perigo. Digamos que você é pobre e morto de fome como nós somos. Você pode optar por adicionar seu nome algumas outras vezes em troca de tesselas. Cada tessela equivale a um fornecimento insignificante de grãos e óleo para uma pessoa por um ano.'' (pag. 13)

Prim, que acaba de completar doze anos, tem seu nome colocado pela primeira vez, e acaba sendo escolhida. Katniss Everdeen, nossa protagonista, narradora, e irmã mais velha de Prim, se oferece para ir no lugar da irmã. Peeta Mellark é o menino escolhido.

Katniss é uma heroína fantástica, destemida, determinada. Lisbeth Salander de arco e flecha! Após a morte do pai numa explosão da mina de carvão, é Katniss que vira a chefe da família, uma vez que a mãe entra em depressão e deixa as duas filhas a mercê da pobreza. Mesmo proibidos de trespassar os muros do distrito, Katniss e Gale cruzam as cercas de arame farpado e buscam refúgio na floresta onde pescam, caçam e colhem frutos que mais tarde vendem ou dividem entre si para alimentar suas respectivas famílias. Gale... o charmoso Gale!

É possível que haja um sentimento escondido da parte cada um, no entanto nada é verbalizado. São melhores amigos, confidentes, como irmãos. Tem os mesmos princípios, buscam os mesmos objetivos com a mesma determinação. Gale é grande responsável pelas habilidades de Katniss, muito do que ele a ensinou, ela usará para sobreviver na arena.

Haymitch Abernathy é o tutor de Katniss e Peeta, único sobrevivente do distrito 12 ainda vivo. Bêbado e mau-humorado logo de início bate de frente com Katniss.

''Peeta suspira. ''Bom, tem essa garota. Eu tenho uma queda por ela há tanto tempo que nem sei quanto. Mas eu tenho certeza que ela nem sabia que eu estava vivo até o dia da colheita.'
(...)
'Então, olha aqui o que você pode fazer. Você ganha, vai para casa. Ela não vai te desprezar depois disso, não é?' diz Caesar encorajando.
'Não acho que vá dar certo. Ganhar... não vai ajudar no meu caso', diz Peeta.
'E porque não?' diz Caesar, mistificado.
Peeta fica tão corado quanto uma beterraba e gagueja. 'Porque... porque... ela veio comigo'.'' (pag. 130)

É aqui que a história dá uma reviravolta. Após essa última entrevista antes de entrar na arena, Peeta muda o destino dele e de Katniss. Haymitch tenta agora vender a história dos apaixonados do distrito 12 na busca de patrocinadores, na tentativa de salva-los. O problema é que a astúcia de Katniss não escapou os olhos do Presidente Snow. Notando uma certa rebeldia no comportamento da nossa heroína, e já prevendo as consequências, Snow tenta mexer seus pauzinhos para que Katniss seja eliminada logo do jogo. O que ele não contava é com a simpatia que Katniss causou no público, e como em todo reality show, é a audiência que comanda o resultado final.

Eu recomendo muito essa trilogia, lembro que virou uma febre no trabalho, eu e minha chefe não conseguíamos parar de ler, cada minutinho livre que eu tinha lá estava eu no breakroom lendo The Hunger Games. Cada capítulo termina como um gancho, puxando o leitor para o próximo, e a curiosidade não permite esperar. Suzanne Collins sabe como prender o leitor de forma magnífica. Sem falar que os personagens são cativantes, todos, muito bem desenvolvidos. E quem não ama um personagem assim? Forte, determinado, surpreendente? Difícil é não gostar! ''Possa a sorte estar sempre ao seu lado!''.

''A voz de Gale na minha mente. Seus delírios contra a Capitol não são mais sem sentido, não podem mais ser ignorados. A morte de Rue me força a confrontar minha própria fúria contra a crueldade, a injustiça que eles infringem sobre nós. Mas aqui, ainda mais forte do que em casa, eu sinto minha impotência. Não há nenhum jeito para se vingar da Capitol. Há?'' (pag. 236)

Wednesday, June 12, 2013

The Dry Grass of August (Anna Jean Mayhew)



Confesso que escolhi esse livro por causa da capa. Gente, que capa linda! Até hoje não consigo parar de olhar.

A história faz jus a capa do livro. É contada em primeira pessoa por nossa protagonista June Watts - Jubie - e tem como tema central a segregação racial da década de 50 no Sudeste dos Estados Unidos vista pelos olhos dessa menina de 13 anos.

Jubie é uma narradora perfeita e uma personagem super carismática. Diria além... ela é uma observadora nata, inteligente, humana, seu temperamento e comportamento são o oposto da delicada Stell (irmã mais velha e queridinha da família). Jubie sofre nas mãos do pai que a espanca sempre que tem uma chance - essas cenas são tão bem narradas que o leitor sente as dores com ela, a cada batida do cinturão, da fivela do cinto nas pernas dela dá aquele aperto no coração.

''Mary veio trabalhar conosco quando eu tinha cinco anos, a primeira pessoa de cor que conheci. Estudei aquela mulher alta que ocupava nossa cozinha, ocupada na pia ou na máquina de lavar ou passando roupa. Seus dedos grossos, marrons em cima e claros na parte de baixo, tecia as crostas das tortas de maçã, trocava as fraldas da minha irmãzinha mais nova, e carregava cestos de roupa molhada. Quando me pegou espiando detrás da porta da cozinha, ela acenou.'' (pag. 31)

Segunda filha de um total de 5, Jubie cresce sob os cuidados da criada negra Mary, também muito carismática, que tem praticamente o papel de mãe, e faz por aquelas crianças o que a mãe nunca tem tempo de fazer, dar amor.

Mama, Jubie, os irmãos e Mary viajam da Carolina do Norte para a Flórida para passar as férias de verão de 1954 com o Tio Taylor. Durante a viagem Jubie percebe com mais evidência a pressão de ter uma negra como parte do grupo, e tragicamente se vê testemunha do quão cruel o ser humano pode ser. Jubie e Stell tem sua inocência roubada pelos eventos daquela noite que poderiam ter sido evitados não fosse a insistência de Stell.

A história é forte, o leitor vira testemunha do crescimento do personagem de Jubie no decorrer da narrativa e acompanha com ela os dramas de uma família desestruturada e que luta para manter as aparências. Temas como alcoolismo, infidelidade, racismo (claro), impunidade vão aparecendo ao longo da história, e Jubie se vê diante de um mundo que não lhe dá tempo para aprender, seu amadurecimento é forçado, e o aprendizado é árduo, mas ela é corajosa e faz o que pode para honrar a memória daqueles que ama.

Gostei da história, a leitura é rápida e agradável (apesar dos temas do enredo), no entanto, esse tema é abordado em tantos livros que no final senti que a história não era nova. Não sei se foi porque eu havia lido recentemente The Secret Life of Bees (A Vida Secreta das Aberlhas) da Sue Monk Kidd, daí teve o filme The Help (A resposta), também baseado no livro homônimo da Kathryn Sockett. Então o assunto ficou um tanto saturado para mim. Mas é como o tópico do holocausto né, há sempre uma forma diferente de relatar, um outro aspecto para apresentar, e não quer dizer que não vale ler. Claro que vale!
''O pastor voltou-se para olhar para o homem. 'Essa é a verdade, diácono Hull. Ódio matou nossa irmã. Mas a vida de amor que ela viveu triunfará sobre o pecado que a tirou de nós'.'' (pag. 228)

Monday, June 3, 2013

A vida íntima de Laura (Clarice Lispector)

''Peço a você o favor de gostar logo de Laura porque ela é a galinha mais simpática que já vi. Vive no quintal da Dona Luísa com as outras aves. É casada com um galo chamado Luís. Luís gosta muito de Laura, embora às vezes brigue com ela. Mas briguinha à toa.'' (pag. 9)

Se tem alguém que sabe agradar a gregos e troianos - adultos e crianças - essa é Clarice Lispector! Em A vida íntima de Laura, Clarice compartilha segredos e aventuras dessa galinha simpática e burra, com muito humor e imaginação, abordando assuntos como morte, discriminação e valores.

Um excelente clássico da Literatura Infantil Brasileira que apresentei a minha Valentina, presente do vovô Natan... apesar de ser um pouco longa para infantes, eu divido a história em 2 ou 3 dias, dependendo do nível de agitação dela. Agora que está com quase 5 meses ela consegue se concentrar mais, observando e passando a mão nas figuras... ela se diverte! As ilustrações de Odilon Moraes em tons pastéis são magníficas, grandes e chamativas, eu amei e a Valentina mais ainda!

Video da minha irmã lendo A vida íntima de Laura para Valentina.