The Language of Flowers (A linguagem das flores) foi o primeiro livro publicado por Vanessa Diffenbaugh, e lançado aqui nos Estados Unidos em 2011.
Acredito que a descrição na orelha do livro explica profunda e poeticamente o seu conteúdo: ''A história de uma mulher cujo dom com as flores ajuda a transformar a vida de outras pessoas enquanto ela luta para superar seu passado''.
Órfã, Victoria Jones passou a infância sendo jogada de um lado para o outro por famílias de criação (passou por 32 famílias até completar 18 anos!). Rebelde, logo que as Assistentes Sociais encontravam um novo lar, Victoria usava de seus melhores atributos para se distanciar e fazer com que as famílias a devolvessem... até que se deparou com Elizabeth. Elizabeth também havia perdido os pais cedo, há anos não falava com a única irmã, e havia um segredo pesado em seu peito, segredo pelo qual a impediu de ter tido sua própria família.
Quando Victoria é colocada aos cuidados de Elizabeth, esta promete nunca desistir. Caso ficassem juntas por um ano, Elizabeth teria a chance de adotá-la legalmente. Após tantos anos sozinha, ela encontra a chance de experimentar a maternidade, de sentir que há alguém no mundo a quem possa direcionar todo aquele amor guardado por tanto tempo. Ela persiste apesar da rejeição de Victoria que fundo no fundo também quer ser amada e aceita, mas sua vida tem marcas demais para deixar que alguém se aproxime. Sentir o que é ser querida, saber o que é ter uma mãe, ter uma família, no fundo é isso que Victoria deseja mas ela não sabe como agir porque simplesmente nunca aprendeu - Não se pode dar o que nunca se teve.
O gelo começa a ser quebrado quando Elizabeth começa a ensina-la a linguagem das flores, que havia aprendido com seus pais. Agora Victoria tem como expressar através das flores o que não consegue verbalizar. O que ela não esperava é que Elizabeth também tivesse um passado. Com medo de perde-la e com ciúmes das marcas que ocupam espaço no coração da mãe, Victoria toma um passo impensado, só que o feitiço vira contra o feiticeiro e Victoria se vê levada mais uma vez pelo Serviço Social. Perde Elizabeth mas não perde a nova linguagem que aprendeu, e é esse novo idioma que a salva quando completa a maioridade e não mais pode ser amparada pelo governo.
Renata jamais imaginou o rumo que sua floricultura tomaria após contratar aquela moça calada, cheia de mistérios. Renata percebeu logo no início que Victoria era moradora de rua, assim como também percebeu o dom que ela tinha.
Achei The Language of Flowers belamente escrito para um romance debutante, sem contar que ela nos presenteia com um dicionário de flores no final do livro! Victoria Jones faz o leitor viver uma montanha-russa de emoções, prepare a caixinha de lenços porque não há como não derramar lágrimas ao acompanhar a tragetória da nossa heroína tão profundamente humana. A história, que se passa aqui em San Francisco, vai se revelando em camadas, os capítulos se intercalam entre passado e presente. O personagem de Victoria foi muito bem desenvolvido, não sei se por experiência intrínseca, uma vez que Vanessa Diffenbaugh é mãe de criação (foster parent), ou por talento cabal. Só sei que os personagens são envolventes e causam simpatia de uma forma ou de outra.
Victoria Jones, mesmo passando por um mar de experiências, tem um ar bucólico. Uma melancolia se arrasta por muitos capítulos. É devastador... especialmente se você for mãe e ao chegar naquela parte e reconhecer os sintomas de Depressão Pós-Parto, você quer gritar, implorar para que ela levante, peça ajuda, respire fundo, por que está fazendo isso? Esquece o passado, dá uma chance para o futuro... daí o coração enche de esperanças. E assim vai a cada capítulo, você torce, você reclama, você quer sacudi-la para que acorde para a vida, você se emociona com o impacto que as flores causam na vida das pessoas, acreditem elas ou não, elas voltarão com um sorriso no rosto e compartilharão... Depois de ler esse livro, você jamais verá flores da mesma maneira!
Acredito que a descrição na orelha do livro explica profunda e poeticamente o seu conteúdo: ''A história de uma mulher cujo dom com as flores ajuda a transformar a vida de outras pessoas enquanto ela luta para superar seu passado''.
''Estou falando da linguagem das flores', disse Elizabeth. 'Da era Victoriana, como seu nome. Se um homem desse um buquê de flores para uma jovem, ela correria para casa e tentaria decifra-la como uma mensagem secreta. Rosas vermelhas significam amor; amarelas infidelidade. Portanto um homem teria que escolher suas flores cuidadosamente.'' (pag. 29)
Órfã, Victoria Jones passou a infância sendo jogada de um lado para o outro por famílias de criação (passou por 32 famílias até completar 18 anos!). Rebelde, logo que as Assistentes Sociais encontravam um novo lar, Victoria usava de seus melhores atributos para se distanciar e fazer com que as famílias a devolvessem... até que se deparou com Elizabeth. Elizabeth também havia perdido os pais cedo, há anos não falava com a única irmã, e havia um segredo pesado em seu peito, segredo pelo qual a impediu de ter tido sua própria família.
Quando Victoria é colocada aos cuidados de Elizabeth, esta promete nunca desistir. Caso ficassem juntas por um ano, Elizabeth teria a chance de adotá-la legalmente. Após tantos anos sozinha, ela encontra a chance de experimentar a maternidade, de sentir que há alguém no mundo a quem possa direcionar todo aquele amor guardado por tanto tempo. Ela persiste apesar da rejeição de Victoria que fundo no fundo também quer ser amada e aceita, mas sua vida tem marcas demais para deixar que alguém se aproxime. Sentir o que é ser querida, saber o que é ter uma mãe, ter uma família, no fundo é isso que Victoria deseja mas ela não sabe como agir porque simplesmente nunca aprendeu - Não se pode dar o que nunca se teve.
O gelo começa a ser quebrado quando Elizabeth começa a ensina-la a linguagem das flores, que havia aprendido com seus pais. Agora Victoria tem como expressar através das flores o que não consegue verbalizar. O que ela não esperava é que Elizabeth também tivesse um passado. Com medo de perde-la e com ciúmes das marcas que ocupam espaço no coração da mãe, Victoria toma um passo impensado, só que o feitiço vira contra o feiticeiro e Victoria se vê levada mais uma vez pelo Serviço Social. Perde Elizabeth mas não perde a nova linguagem que aprendeu, e é esse novo idioma que a salva quando completa a maioridade e não mais pode ser amparada pelo governo.
Renata jamais imaginou o rumo que sua floricultura tomaria após contratar aquela moça calada, cheia de mistérios. Renata percebeu logo no início que Victoria era moradora de rua, assim como também percebeu o dom que ela tinha.
''Earl veio hoje', ela disse. 'Ele me pediu para te dizer que sua neta ficou feliz - ele disse que era importante que eu dissesse 'feliz' e não outra palavra. Ele disse que você fez algo com as flores para que isso acontecesse.'' (pag. 46)
Achei The Language of Flowers belamente escrito para um romance debutante, sem contar que ela nos presenteia com um dicionário de flores no final do livro! Victoria Jones faz o leitor viver uma montanha-russa de emoções, prepare a caixinha de lenços porque não há como não derramar lágrimas ao acompanhar a tragetória da nossa heroína tão profundamente humana. A história, que se passa aqui em San Francisco, vai se revelando em camadas, os capítulos se intercalam entre passado e presente. O personagem de Victoria foi muito bem desenvolvido, não sei se por experiência intrínseca, uma vez que Vanessa Diffenbaugh é mãe de criação (foster parent), ou por talento cabal. Só sei que os personagens são envolventes e causam simpatia de uma forma ou de outra.
Victoria Jones, mesmo passando por um mar de experiências, tem um ar bucólico. Uma melancolia se arrasta por muitos capítulos. É devastador... especialmente se você for mãe e ao chegar naquela parte e reconhecer os sintomas de Depressão Pós-Parto, você quer gritar, implorar para que ela levante, peça ajuda, respire fundo, por que está fazendo isso? Esquece o passado, dá uma chance para o futuro... daí o coração enche de esperanças. E assim vai a cada capítulo, você torce, você reclama, você quer sacudi-la para que acorde para a vida, você se emociona com o impacto que as flores causam na vida das pessoas, acreditem elas ou não, elas voltarão com um sorriso no rosto e compartilharão... Depois de ler esse livro, você jamais verá flores da mesma maneira!
1 comment:
Olá adorei o seu Blog. Parabéns os seus post são muito bons. Iniciei recentemente meu próprio blog sobre livros, quando puder dê uma passadinha por lá (tem somente 1 semana de vida): http://livrosdepapyro.blogspot.com.br/
Abs
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