Wednesday, May 1, 2013

The Girl in the Green Raincoat (Laura Lippman)

Tess Monaghan é uma detetive particular super frenética e viciada em trabalho, que se vê confinada a sua casa - e cama - após complicações com sua gravidez não planejada. Para lidar com o tédio, encontra conforto na observação do eventos do mundo que se passam diante de sua janela, como, por exemplo, a jovem de casaco verde que caminha com seu cachorro no mesmo horário (e com mesmo casaco) todos os dias. Até que um dia Tess vê o cachorro perambulando solto porque sua dona havia desaparecido.

''Crow tomou o telefone da mão dela gentilmente. Oh, ele sempre foi gentil, não foi?, exceto quando seu esperma estava invadindo os portões do diafragma de alguém, enganando o espermicida e puxando seu caminho no círculo dos vencedores, 1 chance em 99 perfurou o óvulo destraído dela, criando essa pessoa-a-ser que a colocou grudada nessa cadeira de vime.'' (pag. 2)

Curiosidade é característica congênita de todo investigador, portanto Tess jamais conseguiria deixar esse pequeno detalhe de lado. Ela está determinada a descobrir o que aconteceu com a garota do casaco verde. Usando de sua intuição e, logicamente, seu talento para investigação, ela decide, contra tudo e contra todos, desvendar o mistério do desaparecimento de dentro de seu próprio quarto.

Tess é uma personagem super engraçada, ficou grávida do namorado Crow por acidente, e já logo no início a gravidez se mostrou uma pedra em seu sapato, especialmente para ela viciada em seu trabalho. Após o 'desaparecimento' da garota de casaco verde, cria as teorias mais especulativas possíveis sobre o que poderia ter acontecido, mal sabia ela que seus pesadelos só estavam começando e logo Tess se vê envolvida numa teia de morte e outros crimes, colocando sua vida e a do seu bebê em risco.

The Girl in the Green Raincoat (A garota da capa de chuva verde) é uma leitura curta e rápida, mas a história não é lá muito original - vale ressaltar que esse é o livro #11 dessa série de romance policial Tess Monaghan da Laura Lippman. Quanto terminei tive aquela impressão de que já havia lido ou visto a história antes, mas dei altas gargalhadas com as armações da Tess e as tiradas sobre maternidade são ótimas. E quem se arrepende de algumas gargalhadas? Eu não...

''Esse tem sido o refrão cantado desde quando sua gravidez foi anunciada. Ah céus, sua vida vai mudar.  Usualmente dito com alegria e antecipação. Mas frequentemente há também uma ponta de malícia nessa frase, uma vibração tipo miséria-ama-companhia que Tess achava perturbadora. Restaurantes nunca mais, sua amiga Jackie, mãe solteira de uma garotinha, anunciou. É isso mesmo, restaurantes de verdade nunca mais. Não verás guardanapo de pano por pelo menos dez, quinze anos. Outros premeditaram fim de noites bem-dormindas, sexo, viagens, leitura, casa limpa, e roupas limpas.'' (pag. 124)

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