Quando sentei para escrever sobre The Metamorphosis - A metamorfose, em português - fiquei pensando no que escrever. O que escrever sobre um livro que já foi falado, re-falado, analisado, comentado por anos e anos. A história é conhecida por todos, resumida em trocentos blogs pela internet afora. O que falar da obra?
Essa versão que comprei contem o manuscrito da história, a cópia dos diários de Kafka, as cartas trocadas por ele e Felice Bouer, sua noiva na época, e também com alguns amigos próximos, além de análises ou interpretações da obra.
No final já estava saturada do texto. Honestamente, tornou-se um pouco irritante ler a análise de cada linha da história, desmembrando os parágrafos para traduzir o significado de cada palavra escrita pelo autor. A história é curta e simples, de linguagem universal, e embora eu tente entender o motivo de se querer entender o porque de Kafka escrever uma história tão metafórica e intrínseca, tantas inferências acabam distanciando a história do conceito original.
... Gregor Samsa é o filho mais velho e provedor da família, acorda certo dia para descobrir seu corpo em transformação, em poucas horas se torna um besouro. A família envergonhada o tranca em seu quarto, a irmã que até então era seu maior orgulho, trata-o com pena no início, talvez por acreditar que a transformação fosse temporária, mas não demora muito e a lástima transforma-se em aversão, desgosto. Excluído do convívio familiar, motivo de repulsa, e não mais útil para os seus, Gregor vai definhando aos poucos, até o dia que é encontrado seco pela empregada. A família se livra de Gregor, finalmente, e assim a vida continua.
O final é triste e estranho. Lendo os diário de Kafka, nem ele mesmo estava feliz com o resultado final, e tantas e tantas vezes criticou a história. No entanto, Gregor me parece ser a personificação de Kafka e suas frustrações familiares, em que ele mesmo se sentiu minúsculo diante das imposições da família que o obrigada a fazer o que desgostava. No fim, Kafka quis mesmo chocar, seu intuito era o de criar uma história "infinitamente repulsiva". E na minha opinião, ele realmente conseguiu.
Essa versão que comprei contem o manuscrito da história, a cópia dos diários de Kafka, as cartas trocadas por ele e Felice Bouer, sua noiva na época, e também com alguns amigos próximos, além de análises ou interpretações da obra.
"(...) uma vez que os outros não conseguiam entender o que ele falava, não os ocorreu, nem mesmo à irmã, que ele entendia o que diziam, e assim ele teve que se satisfazer, quando sua irmã estava no quarto, a ouvir ocasionalmente, apenas seus suspiros e apelos aos santos." (pag. 19)
No final já estava saturada do texto. Honestamente, tornou-se um pouco irritante ler a análise de cada linha da história, desmembrando os parágrafos para traduzir o significado de cada palavra escrita pelo autor. A história é curta e simples, de linguagem universal, e embora eu tente entender o motivo de se querer entender o porque de Kafka escrever uma história tão metafórica e intrínseca, tantas inferências acabam distanciando a história do conceito original.
... Gregor Samsa é o filho mais velho e provedor da família, acorda certo dia para descobrir seu corpo em transformação, em poucas horas se torna um besouro. A família envergonhada o tranca em seu quarto, a irmã que até então era seu maior orgulho, trata-o com pena no início, talvez por acreditar que a transformação fosse temporária, mas não demora muito e a lástima transforma-se em aversão, desgosto. Excluído do convívio familiar, motivo de repulsa, e não mais útil para os seus, Gregor vai definhando aos poucos, até o dia que é encontrado seco pela empregada. A família se livra de Gregor, finalmente, e assim a vida continua.
"'Meus queridos pais', disse sua irmã e como introdução bateu com o punho na mesa, 'as coisas não podem continuar como estão. Talvez não percebam, mas eu percebo. Não vou pronunciar o nome do meu irmão na frente deste monstro, portanto tudo que tenho a dizer é: temos que tentar nos livrar disto. Temos feito tudo humanamente possível para tomar conta dessa coisa e suportar isto; não acredito que ninguém vá negar o que esforço que fizemos.'" (pag. 37)
O final é triste e estranho. Lendo os diário de Kafka, nem ele mesmo estava feliz com o resultado final, e tantas e tantas vezes criticou a história. No entanto, Gregor me parece ser a personificação de Kafka e suas frustrações familiares, em que ele mesmo se sentiu minúsculo diante das imposições da família que o obrigada a fazer o que desgostava. No fim, Kafka quis mesmo chocar, seu intuito era o de criar uma história "infinitamente repulsiva". E na minha opinião, ele realmente conseguiu.
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