Monday, January 10, 2011

Let the Right One In (John Adjive Lindqvist)

Esse livro foi escolha do BookClub para o mês de Novembro. Eu comprei o livro relutante para ler a história, havia visto o trailer do filme, o que já havia me desencorajado a ler - outro livro sobre vampiros! - e o filme parecia ser bem macabro - detesto filmes de suspense/terror -  por puro medo mesmo, noites sem dormir! rs.

Oskar é um adolescente rejeitado por seus colegas de classes, que o humilham e o espacam sempre que têm oportunidade. Acuado e sozinho, Oskar precisa arranjar um meio para externalizar suas frustrações e a raiva guardada dentro de si durante todos esses anos de rejeição. É durante uma das noites em que se mete no meio da floresta para descontar suas angústias em troncos de árvores que Oskar conhece Eli, a nova vizinha do apartamento ao lado.
"(...) Fará com que ele peça, implore por sua vida, grite como um porco, mas em vão. A faca terá as últimas palavras e a terra beberá o seu sangue. Oskar havia lido essas palavras num livro e gostou delas. A terra beberá o seu sangue." (pag. 22)
Enquanto a amizade de desenvolve, crimes acontecem em outras cidadezinhas próximas a Blackeberg. Adolescentes são encontrados mortos de maneira bizarra, cruéis. A mãe de Oskar, super protetora, controla os passos do filho, sem saber que o perigo mora, literalmente, ao lado.

Desde o início Oskar notou que Eli tinha algo de diferente. Usava o mínimo de roupa mesmo quando os termômetros marcavam temperatura abaixo de zero. Na primeira vez que encontrou Eli, havia um odor insuportável vindo da nova amiga. As janelas do apartamento da vizinha eram todas cobertas, Eli só aparecia a noite e nunca esclarecia que tipo de relacionamento tinha com Hakan, o homem com quem morava, que Oskar assumiu ser o pai. Fora que parecia tão madura e inteligente para uma menininha de 12 anos.

O livro não tem nada de assustador. O que me incomodou na história foi o fato de haver prostituição infantil e pedofilia. Os primeiros capítulos são nojentos, de mau gosto - fator nº 01 que excluído do filme. Quem assiste apenas o filme não consegue entender o que ELI realmente é, menino/menina/hermafrodita? E o livro explica como e quando Eli se tornou o que é - fator nº 02 excluído do filme. A leitura é crua, o vocabulário coloquial, vai direto ao ponto. As histórias paralelas do livro, que eu pensei que iriam levar a alguma conclusão no destino dos protagonistas, no final não têm nenhuma ligação com os mesmos, a não ser pelo fato de que Eli ou se alimentou, ou tentou se alimentar de um deles.

Eu não assisti o filme, mas de acordo com as minhas 2 companheiras que assistiram o filme - uma delas, Jéssica, foi a que escolheu o livro para o BookClub, o filme é melhor que o livro (uma exceção à regra!) por excluir da história aqueles momentos "Ah, que vergonha! e Ah, que nooojo!" - fatores 01 e 02 que citei anteriormente.

No final da história o leitor tem que fazer uma retrospectiva de todos os eventos para julgar e decidir quais os reais motivos por trás do último ato de Eli. Eu, particularmente, não vi o final cheio de romantismo. Pra mim, seus atos foram calculados. Eli fez o que fez porque não tinha mais Hakan para ajudá-la e logo, logo alguém precisaria alimentar aquela fera.

"Deixe alguém entrar e ele te machucará. Esse é um dos motivos pelo qual ela mantinha seus relacionamentos curtos. Não os deixe entrar. Uma vez dentro, eles têm mais chances de te machucar. Conforte-se. Conseguirás viver com a angústia contanto que a angústia seja só sua. Contanto que não tenha esperança." (pag. 220)

2 comments:

Luciana said...

olá! eu não li o livro ainda, só vi o filme. concordo com a sua visão do final, não vi romantismo, não. mas veja o filme, é muito bom!
gostei muito do blog! :)

Ju Haghverdian said...

Oii Luciana!
Obrigada pela visita... eu to contemplando ver o filme, ja que todos tem dito que preferiram a versao cinematografica ao livro... qual versão vc viu, a Suéca ou Americana?

Beijos