Lendo o livro lembrei da observação da Cris do Crisalidades quando ainda na faculdade, de que o Lewis Carroll provavelmente tava drogadão quando escreveu Alice no País das Maravilhas (rs), porque, pelo menos no filme, as aventuras de Alice são dignas de usuários de alucenógenos. Intrigante! Mas hoje entendi de uma outra forma..."Não podes?" falou a Rainha com voz de pena. "Tenta de novo: respira fundo, e fecha os olhos"Alice riu. "É inútil tentar," disse ela: "ninguém pode acreditar em coisas impossíveis.""Devo dizer que não tens muita prática," disse a Rainha. "Quando eu era da sua idade, sempre fazia isso meia-hora por dia. Eita, e algumas vezes eu chegava a acreditar até em seis coisas impossíveis antes mesmo do café da manhã. E lá se vai meu chale de novo!" (pag. 176 - "Through the looking-glass)
Acredito que Lewis Carroll tinha certo conhecimento dos Estágio do Desenvolvimento Infantil, apesar que sua vida foi cheia de controvérsias e até hoje não se sabe se ele realmente foi usuário de drogas e seu relacionamento com crianças, Alice apresenta todas as características de crianças da sua idade, a criação do mundo imaginário é um deles, o falar sozinho é outro - ajuda no desenvolvimento da linguagem, é como uma auto-afirmação. Tenho visto muitas Alices na escola em que faço trabalho voluntário, noto muitas similaridades com as aventuras de Alice durante nossas peças dramáticas. Crianças aprendem através de experimentos, do fazer para aprender, o que acontece com Alice no livro "Through the Looking-glass / Através do espelho"
O que senti falta em todas as versões do livro para o cinema, foi a inclusão de poesias, há poemas engraçadíssimos em ambas as histórias que li, fora que os diálogos que Alice trava consigo mesma e com seus gatos são hilários e não tem filme que consiga adaptar isso. Achei interessante como o Tim Burton adaptou parte da história do livro "Through the Looking-glass" na nova versão de Alice, apesar que seria engraçadíssimo ter incluído na nova versão como os eventos ocorrem no mundo "através do espelho" e incluído o personagem do cavaleiro inventor, digno de muitas gargalhadas.
"(...) Bem então, os livros são parecidos com os nossos livros, apenas as palavras são escritas do lado errado: eu sei disso, porque eu segurei um dos nossos livros em frente ao espelho, e então alguém segurou um livro do lado de lá também" (pag. 131, Through the looking-glass)
1 comment:
Oi, Ju
Tb li os dois há pouco tempo, só que li o livro Alice - Edição Comentada, com vários comentários e explicações sobre o livro e sobre a vida de Lewis Carroll. É muito bom..bjs
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