A história é narrada pelo Sr. Robinson, pai de Susannah e Magdalena. O detalhe é que Sr. Robinson faleceu de ataque cardíaco, e é durante seu enterro que a história começa, então a história é contada por um "narrador-fantasma", se é que isso existe! (rs)
O início é interessante - Sr. e a Sra. Robinson são antropólogos e ateus mas aceitam trabalhar como pastores de uma igreja numa cidade do México chamada Mundo, com o simples propósito de usar o dinheiro da igreja para estudar a cultura daquele povo.
Susannah é a doce e amigável filha, sempre teve uma forte ligação com o pai e Magdalena é o oposto - selvagem, obstinada, impulsiva. A hipocrisia do pai não foi o problema, o que afetou Magdalena e Susannah foi o fato de que o pai, sempre amoroso e amigável, acabou se transformando em um puritano e num desses ataques, espancou Magdalena por desconfiar que a filha esteria se relacionando com Manuelito. Esse é o ponto da história que muda o destino de todos os personagens.
Magdalena cria uma aversão ao pai e se indigna com a mãe por não tê-lo deixado após o ocorrido, por mais que Susannah tente perdoar o pai, Magdalena faz questão de sempre lembrar seu trauma e evitar a reaproximação da família.
Para preencher o vazio da infância perdida, Magdalena usa a comida, a armagura a torna vazia e solitária. Susannah não consegue criar raízes, está sempre a procura de algo que a preencha. Quando o livro começa, ela está casada com Petros (seu marido grego) mas logo se divorcia e engata um romance homossexual com Pauline, o que também não dura muito tempo e no fim acaba casando com o cunhado (irmão do ex-marido).
Sr. Robinson, narrador onipresente, e ao que tudo indica onisciente, narra desde as expressões de Susannah durante seu velório às relações sexuais da filha com o ex-marido e Pauline...
A autora então, mistura superstição com espitirismo, e ainda faz apologia à maconha enquanto prega suas ideologias políticas nas entrelinhas!
"A erva perfeita, na minha experiência,
disse Susannah, é sempre plantada por mulheres. Sempre plantada com amor. É uma planta que responde aos sentimentos" (pag. 173)
Decepcionante!
Extremamente decepcionante pra quem leu Alice Walker em "The Color Purple" - A Cor Púrpura, não dá para acreditar que ambos os livros são de mesmo autor.
A mensagem que a autora tenta passar se perde entre tantos assuntos alheios adicionados aos diálogos e faz o leitor perder o foco da narrativa.
Não recomendo!
1 comment:
Oi Ju...
Passando por aqui para lhe desejar um ótimo final de semana!!!
Bjinhus :)
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