Quando comecei a ler Something Borrowed - O Noivo da Minha Melhor Amiga, em português - após meses esperando ali na minha estante, não tinha a menor idéia de que o filme estava para ser lançado. Comprei Something Borrowed poucas semanas depois de ler Love the one you're with - Ame o que é seu, primeiro livro que li da Emily, e que me fez derramar boas lágrimas, e ter um momento de reflexão com o marido.
Something Borrowed começa meio lento, até cheguei a pensar que me arrependeria. Mas não desista nos primeiros capítulos porque a história acaba te conquistando. É um chick-lit, como não poderia deixar de ser, e é bom ler com uma caixinha de klinex perto porque a Emily sabe como tocar naquele cantinho que faz o nó vir na garganta e as lágrimas rolarem mesmo quando queremos controlar.
Rachel e Darcy cresceram na mesma vizinhança, foram para a mesma escola, compartilharam os mesmos sonhos e planos para uma vida adulta. Darcy porém era a garota com cara e atitude de boneca, era sempre a mais bonita, a que chamava mais atenção, a mais desejada. E Rachel e as outras amigas cresceram na sombra de Darcy, com a sobra do que Darcy não mais queria.
Rachel consegue uma certa independência e sair da sombra da amiga quando decide estudar Direito, e muda-se para Nova Iorque em busca da carreira. Longe da amiga, Rachel conquista seu espaço, novos amigos, namorado. Conhece Dex, o lindinho e charmoso, também estudante de Direito, desafiador de professores carrascos.
Mas não demora muito para que Darcy decida também correr atrás do glamour Nova Iorquino. Recém formada em Relações Públicas, mas de QI menos elevado, arranja um trabalho de garçonete num restaurante fino, e em poucos dias seus atributos físicos a ajudam a conseguir um trabalho numa empresa de Relações Públicas, graças a um dos clientes do restaurante.
Darcy conquista espaço, Rachel volta a ser sombra, e ainda cai na bobeira de apresentar o charmoso Dex para a amiga Darcy. Como não podia ser diferente, os dois em pouco tempo começam a namorar, e em menos tempo ainda, ficam noivos. É quando seu aniversário de 30 anos chega, que Rachel se dá conta que os sonhos para este dia, pensados e construídos quando adolescente, nem sequer se assemelham a sua realidade: solteira, sem pretendentes, sem filhos, com um emprego que paga as contas mas não a realiza.
E é após a festa dos 30, planejada por Darcy, queridos, que Rachel e Dex acabam bebendo demais e pensando de menos. Acordam juntos na cama de Rachel, após uma longa noite de pura luxúria. A desculpa cairia no álcool, mas Dex fez questão de dizer que ele não estava tão bêbado assim... mas o que aconteceu então?! OK, fingiremos que nada aconteceu, foi um erro, esqueceremos a noite de ontem e a vida continua, certo?
Certamente uma das opções, mas Dex se aproveita da situação para revelar aos poucos que ele sempre gostou de Rachel, mas ela nunca deu chance, e ainda apresentou a melhor amiga para ele... descartando qualquer possibilidade de alguma coisa entre os dois. Dex insiste no affair, Rachel não consegue resistir, quem conseguiria quando aquele deus-grego fala tudo que se quer ouvir, e massageia o ego e cada músculo do corpo?
O romance paralelo continua, enquanto os planos do casamento se apressam. Darcy conta com Rachel - sua bridesmaid - para auxilio na preparação. Como seria possível preparar o casamento da pessoa que amo e com quem estou tendo um affair com a minha melhor amiga? Como demonstrar entusiasmo se ele deveria casar comigo e não com ela?
Rachel sabe que essa situação não pode durar pra sempre, ainda assim ela não tem forças para pedir uma resposta, exigir uma posição. Darcy tenta arranjar para que Marcus, o melhor amigo de Dex, comece a namorar Rachel. A situação piora durante o feriado passado na casa alugada por Darcy e Dex nos Hamptons. Darcy e Dex juntos como um casal, beijos, abraços, sexo. Como conseguir engolir o fato de que o meu Dex está na cama dela? Nos braços dela? E eu tenho que ouvir as confissões de que o relacionamento estava meio morno mas que essa noite de sexo foi a melhor dos últimos tempos?
Emily tem esse jeito dela de escrever suas histórias de tal forma que você sente o que a personagem sente, pensa como ela pensa, sente o nó na garganta no momento em que Dex segura Rachel pelo braço após a discussão no bar nos Hamptons, e Rachel se vê no momento 'tudo ou nada', e finalmente consegue puxar aquela força interior para dizer que tá na hora de escolher, 'é ela ou eu!'. As lágrimas rolam enquanto Rachel decide ir para Londres, e durante o vôo ela pensa em tudo o que aconteceu. Dói, mas eu torci para que ela tivesse essa coragem.
Essa é a mágica de ler Emily Griffin, ela sabe como tocar as suas leitoras no mais íntimo, naqueles pontos em que é tão fácil se identificar com a personagem, não porque já passamos pela exata situação, mas porque os sentimentos envolvidos já foram sentidos por nós em algum momento, em algum ponto. Sentimentos de rejeição, pela perda de alguém amamos, que poderíamos ter amado, pelo término de um namoro, aquela dor após os primeiros dias, as primeiras semanas. Os sentimentos são os mesmos, o que muda são os casos.
Eu ainda não vi o filme porque sei que o marido não vai querer ver comigo, ví o trailer - que me pareceu bem bobinho! Como não seria né? É chick-lit! Mas aqui compartilho com vocês. Contem o que acharam, vocês que viram...
Something Borrowed começa meio lento, até cheguei a pensar que me arrependeria. Mas não desista nos primeiros capítulos porque a história acaba te conquistando. É um chick-lit, como não poderia deixar de ser, e é bom ler com uma caixinha de klinex perto porque a Emily sabe como tocar naquele cantinho que faz o nó vir na garganta e as lágrimas rolarem mesmo quando queremos controlar.
Rachel e Darcy cresceram na mesma vizinhança, foram para a mesma escola, compartilharam os mesmos sonhos e planos para uma vida adulta. Darcy porém era a garota com cara e atitude de boneca, era sempre a mais bonita, a que chamava mais atenção, a mais desejada. E Rachel e as outras amigas cresceram na sombra de Darcy, com a sobra do que Darcy não mais queria.
Rachel consegue uma certa independência e sair da sombra da amiga quando decide estudar Direito, e muda-se para Nova Iorque em busca da carreira. Longe da amiga, Rachel conquista seu espaço, novos amigos, namorado. Conhece Dex, o lindinho e charmoso, também estudante de Direito, desafiador de professores carrascos.
Mas não demora muito para que Darcy decida também correr atrás do glamour Nova Iorquino. Recém formada em Relações Públicas, mas de QI menos elevado, arranja um trabalho de garçonete num restaurante fino, e em poucos dias seus atributos físicos a ajudam a conseguir um trabalho numa empresa de Relações Públicas, graças a um dos clientes do restaurante.
Darcy conquista espaço, Rachel volta a ser sombra, e ainda cai na bobeira de apresentar o charmoso Dex para a amiga Darcy. Como não podia ser diferente, os dois em pouco tempo começam a namorar, e em menos tempo ainda, ficam noivos. É quando seu aniversário de 30 anos chega, que Rachel se dá conta que os sonhos para este dia, pensados e construídos quando adolescente, nem sequer se assemelham a sua realidade: solteira, sem pretendentes, sem filhos, com um emprego que paga as contas mas não a realiza.
"(...) arranjaria alguém confiável para reparar nossos dois (talvez três) filhos naquele Sábado a noite, jantaríamos num elegante restaurante francês com gardanapos de pano, e chegaríamos em casa bem depois de meia-noite, tecnicamente celebrando no dia do meu aniversário. Eu havia acabado de vencer um grande caso- provando de alguma forma que meu cliente não cometeu o crime. E meu marido me faria um discurso: 'Para Rachael, minha linda esposa, a mãe dos meus filhos, e a melhor advogada de Indiana'." (pg. 2)
E é após a festa dos 30, planejada por Darcy, queridos, que Rachel e Dex acabam bebendo demais e pensando de menos. Acordam juntos na cama de Rachel, após uma longa noite de pura luxúria. A desculpa cairia no álcool, mas Dex fez questão de dizer que ele não estava tão bêbado assim... mas o que aconteceu então?! OK, fingiremos que nada aconteceu, foi um erro, esqueceremos a noite de ontem e a vida continua, certo?
Certamente uma das opções, mas Dex se aproveita da situação para revelar aos poucos que ele sempre gostou de Rachel, mas ela nunca deu chance, e ainda apresentou a melhor amiga para ele... descartando qualquer possibilidade de alguma coisa entre os dois. Dex insiste no affair, Rachel não consegue resistir, quem conseguiria quando aquele deus-grego fala tudo que se quer ouvir, e massageia o ego e cada músculo do corpo?
O romance paralelo continua, enquanto os planos do casamento se apressam. Darcy conta com Rachel - sua bridesmaid - para auxilio na preparação. Como seria possível preparar o casamento da pessoa que amo e com quem estou tendo um affair com a minha melhor amiga? Como demonstrar entusiasmo se ele deveria casar comigo e não com ela?
"(...) Ele continua. 'Você se vê como comum, ordinária. E não tem nada de comum em você, Rachel.
Não consigo olhar de volta pra ele. Meu rosto queima de vergonha.
'E eu sei que você fica vermelha quando envergonhada'. Ele sorri.
'Não, eu não fico!' Cubro meu rosto com a mão e reviro os olhos.
'Sim, você fica. Você é adorável. E ainda assim não faço idéia que parte eu adoro mais'." (pag. 112)
Rachel sabe que essa situação não pode durar pra sempre, ainda assim ela não tem forças para pedir uma resposta, exigir uma posição. Darcy tenta arranjar para que Marcus, o melhor amigo de Dex, comece a namorar Rachel. A situação piora durante o feriado passado na casa alugada por Darcy e Dex nos Hamptons. Darcy e Dex juntos como um casal, beijos, abraços, sexo. Como conseguir engolir o fato de que o meu Dex está na cama dela? Nos braços dela? E eu tenho que ouvir as confissões de que o relacionamento estava meio morno mas que essa noite de sexo foi a melhor dos últimos tempos?
Emily tem esse jeito dela de escrever suas histórias de tal forma que você sente o que a personagem sente, pensa como ela pensa, sente o nó na garganta no momento em que Dex segura Rachel pelo braço após a discussão no bar nos Hamptons, e Rachel se vê no momento 'tudo ou nada', e finalmente consegue puxar aquela força interior para dizer que tá na hora de escolher, 'é ela ou eu!'. As lágrimas rolam enquanto Rachel decide ir para Londres, e durante o vôo ela pensa em tudo o que aconteceu. Dói, mas eu torci para que ela tivesse essa coragem.
Essa é a mágica de ler Emily Griffin, ela sabe como tocar as suas leitoras no mais íntimo, naqueles pontos em que é tão fácil se identificar com a personagem, não porque já passamos pela exata situação, mas porque os sentimentos envolvidos já foram sentidos por nós em algum momento, em algum ponto. Sentimentos de rejeição, pela perda de alguém amamos, que poderíamos ter amado, pelo término de um namoro, aquela dor após os primeiros dias, as primeiras semanas. Os sentimentos são os mesmos, o que muda são os casos.
Eu ainda não vi o filme porque sei que o marido não vai querer ver comigo, ví o trailer - que me pareceu bem bobinho! Como não seria né? É chick-lit! Mas aqui compartilho com vocês. Contem o que acharam, vocês que viram...
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