Homens que traem...
Ai, ai esse eh um assunto que sempre me causa revolta e jamais respeitarei ou aceitarei, minha vida testemunhou em varios momentos tais casos: maridos infieis. Na familia, nos relacionamentos de algumas amigas e claro, eu ja fui traida.
O que fazer numa situacao dessa? Perdoar? Eu sempre disse que voce pode perdoar, o que nao significa que voce vai continuar com a pessoa que te traiu. Jamais!
Perdoa e pede com toda delicadeza e educacao para aquela pessoa ficar o mais longe possivel de voce. ;-)
Scott Spencer trata desse assunto em A ship made of paper (e devo confessar que o titulo do livro serviu de inspiracao para este blog, uma vez que o criei enquanto lia o livro!).
A historia acontece por volta de 1994, durante o caso de O.J. Simpson.
Leyden, uma cidadezinha ha algumas horas de Nova York eh onde a historia eh ambientada.
Daniel Emerson tem um relacionamento com Kate Ellis, moram juntos na casa dela e Kate tem uma filha muito fofa chamada Ruby, por quem Daniel eh apaixonado. Ele eh mais pai da menina do que Kate eh mae. Eh quem acorda cedo pra leva-a a escola porque a mae nao suporta acordar cedo, prepara comida, leva para passear.
Daniel eh advogado, decidiu mudar de Nova York porque sofreu represalias da parte de um negro que havia representado e perdido a causa. Amendrontado e agredido decide voltar para sua cidade natal com Kate (que eh escritora e esta escrevendo sobre o caso O. J. Simpson, acredita que ele eh culpado e defende sua ideia arduosamente) e Ruby.
Ruby tem um grande amigo na escola, Nelson, filho de Isis e Hampton Davenport. Negros.
Hampton trabalha em Nova York e apenas visita a familia nos fins-de-semana.
Daniel se apaixona por Isis. Aproveita cada oportunidade para encontrar-la, muda sua rota para passar em frente a sua casa, etc, etc. Certo dia uma tempestade de neve acontece em Leyden e Daniel que deveria buscar Ruby na casa de Isis, ve-se preso por toda a noite na casa dos Davenports. Declara-se para Isis, tem sua primeira noite de amor. Engatam um affair.
A historia eh contada no presente mas na verdade ja eh passado pelo menos ateh a metade do livro, no inicio de cada capitulo uma outra historia eh contada e esta supostamente seria o presente.
O caso O. J. Simpson, sobre quem Kate escreve um artigo, eh mencionado em varios momentos durante a historia. Kate defende a ideia de que O. J. eh culpado e que os que o defendem soh o fazem com medo de serem chamados de racistas. Daniel nao acredita que O. J. seja culpado. Apos descobrir sobre o romance entre Isis e Daniel, Kate acredita que Daniel defende O.J. por causa de Isis, nao querendo parecer preconceituoso, racista. Diz que Daniel inveja Hampton, e que Daniel gostaria de ter nascido negro.
O grande problema: o romance entre um branco e um negro. Mesmo a historia acontecendo num momento contemporaneo, o preconceito em uma cidade pequena ainda eh grande.
As fantasias de Daniel, os desejos, seus pensamentos por Isis sao relatados abertamente e eroticamente no livro e o fato de ela ser negra desperta ainda mais sua curiosidade. Como seria fazer amor com uma mulher negra?
Hampton e seu orgulho de ser negro e pertencer a uma importante, conceituada e conservadora familia negra eh comparado ateh mesmo a Isis que apesar de ser da mesma raca ainda nao era considerada a altura de Hampton pela familia do marido.
O livro eh interessante mas em muitos momentos achei repetitivo, muito detalhe mas pouco desenvolvimento de ideias. Achei o livro muito longo para uma historia assim e estava esperando um final diferente.
Talvez porque minhas opinioes sobre infidelidade sao extremamente radicais e fico facilmente indignada com as atitudes de algumas mulheres como as do livro. Achei Isis bem vulgar e extremamente desreipeitosa em relacao ao marido e ao filho (pra se ter uma ideia... O filho flagrou ela e Daniel na cama... Daniel e Isis tiveram "relacoes" em um celeiro durante uma festa enquanto Hampton e o filho, Kate e Ruby esperavam no saguao!)...
Porem, eh minha opiniao. Acredito que foram exatamente esses sentimentos de revolta, indignacao, todos esses contrastes e questionamentos que o autor quis causar no leitor e nisso ele teve sucesso.
"On a ship that's made of paper
I would sail the seven seas"
JUST TO BE WITH YOU
(Bernard Roth)
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