Primeiras linhas:
Eddie trabalhou como mecânico num parque de diversões durante quase toda sua vida, e ali morreu, no seu aniversário de 83 anos, tentando salvar uma garotinha quando um dos brinquedos do parque quebra e começa a despencar de metros e metros de altura. Sem saber se realmente havia salvado a criança, Eddie chega ao Paraíso e toma conhecimento de seu fim trágico... e é quando Eddie é introduzido à primeira pessoa que ele deverá encontrar, e que lhe explicará um pouquinho do porquê de Eddie encontrar cinco pessoas antes de desfrutar do verdadeiro paraíso.
Algumas dessas pessoas afetaram de certa forma, talvez não intencionalmente, a vida de Eddie. Outras tiveram sua vida afetada, direta ou indiretamente por ele. Como no caso da primeira pessoa, o Homem Azul, que morreu num acidente de carro após desviar de um garotinho que atravessou a rua desavisado correndo atrás de uma bola. Eddie.
Ou no caso de Ruby, a esposa do dono do parque, chamado Ruby Pier em sua homenagem. Parque em que Eddie se viu obrigado a trabalhar após voltar da guerra, substituindo o pai como mecânico. O parque foi pivô de muitas brigas entre Eddie e seu pai, e por fim, responsável pela morte do nosso protagonista também.
A história de Eddie é contada paralelamente, de forma que os capítulos de intercalam com o presente e o passado. O interessante é que cada capítulo sobre o passado começa no dia do aniversário de Eddie, começando com o aniversário de 5 anos.
The five people you meet in Heaven é uma leitura curta e agradável. O que gostei é que, apesar de trazer um tema que talvez não agrade a muitos leitores, ou que é visto como religioso, Albom escreveu a história de forma imparcial, não há menção de Deus, de inferno, não há cunho religioso. O paraíso é descrito como um lugar de liberação, de se livrar dos pesos de erros cometidos durante a vida, e que você nem mesmo se deu conta que cometeu. E não é apenas sobre erros, o paraíso de Albom também serviu para Eddie entender e se livrar de suas agonias, arrependimentos, e permitir também que aquelas pessoas que causaram algum tipo de dano a ele, tivessem a chance de se desculpar, ou de contar o seu lado da história. Gostei da história pela simplicidade com que foi escrita, e pela maneira cordial em que foi contada mesmo trazendo sentimentos tão pesados de dor.
Eu havia visto o filme há alguns anos, e nem me toquei quando decidi ler a história. Ao começar a ler, achei a história bem familiar, daí lembrei ter visto o filme que traz Jon Voight como Eddie, e é bastante fiel ao livro.
“Essa história é sobre um homem chamado Eddie e ela começa no fim, com Eddie morrendo sob a luz do sol. Pode parecer estranho começar a história no final. Mas todos os finais são também começos. Apenas não sabemos disso naquele exato momento.”
“Todos os pais causam danos em seus filhos. Não há como evitar. (...) Os danos causados pelo pai de Eddie foram, no início, danos de negligência. Quando infante, Eddie raramente foi carregado pelo pai, quando criança, ele foi na maioria das vezes puxado pelo braço, mais com irritação do que com amor. A mãe de Eddie estava ali para dar carinho; seu pai estava ali para disciplinar.” (pag. 104)
Algumas dessas pessoas afetaram de certa forma, talvez não intencionalmente, a vida de Eddie. Outras tiveram sua vida afetada, direta ou indiretamente por ele. Como no caso da primeira pessoa, o Homem Azul, que morreu num acidente de carro após desviar de um garotinho que atravessou a rua desavisado correndo atrás de uma bola. Eddie.
Ou no caso de Ruby, a esposa do dono do parque, chamado Ruby Pier em sua homenagem. Parque em que Eddie se viu obrigado a trabalhar após voltar da guerra, substituindo o pai como mecânico. O parque foi pivô de muitas brigas entre Eddie e seu pai, e por fim, responsável pela morte do nosso protagonista também.
A história de Eddie é contada paralelamente, de forma que os capítulos de intercalam com o presente e o passado. O interessante é que cada capítulo sobre o passado começa no dia do aniversário de Eddie, começando com o aniversário de 5 anos.
“Hoje é aniversário de EddieEle tem 51. Um sábado. É seu primeiro aniversário sem Marguerite. Ele faz Sanka num copo de papel, e come dois pedaços de torrada com margarina. Nos anos após o acidente de sua esposa, Eddie evitou qualquer tipo de celebração de aniversário, dizendo, 'Porque tenho que ser lembrado daquele dia?'” (pag. 183)
The five people you meet in Heaven é uma leitura curta e agradável. O que gostei é que, apesar de trazer um tema que talvez não agrade a muitos leitores, ou que é visto como religioso, Albom escreveu a história de forma imparcial, não há menção de Deus, de inferno, não há cunho religioso. O paraíso é descrito como um lugar de liberação, de se livrar dos pesos de erros cometidos durante a vida, e que você nem mesmo se deu conta que cometeu. E não é apenas sobre erros, o paraíso de Albom também serviu para Eddie entender e se livrar de suas agonias, arrependimentos, e permitir também que aquelas pessoas que causaram algum tipo de dano a ele, tivessem a chance de se desculpar, ou de contar o seu lado da história. Gostei da história pela simplicidade com que foi escrita, e pela maneira cordial em que foi contada mesmo trazendo sentimentos tão pesados de dor.
Eu havia visto o filme há alguns anos, e nem me toquei quando decidi ler a história. Ao começar a ler, achei a história bem familiar, daí lembrei ter visto o filme que traz Jon Voight como Eddie, e é bastante fiel ao livro.
“'SACRIFÍCIO', disso o capitão. 'Você fez um. Eu fiz um. Todos nós fazemos. Mas você ficou com raiva por causa do seu. Você ficou pensando o tempo todo sobre aquilo que perdeu.Você não entende. Sacrifício é parte da vida. É o que deve ser. Pequenos sacrifícios. Grandes sacrifícios. Uma mãe trabalha para que seu filho possa ir a escola. A filha volta para casa para tomar conta do pai doente.Um homem vai para guerra...” (pag. 93)